Estímulo à inovação, criatividade, responsabilidade social, sustentabilidade e motivação farão parte do dia a dia de estudantes e professores da Escola de Ensino Médio Sesi Arthur Aluízio Daudt, a partir desta segunda-feira (22), em Sapucaia do Sul. Inspirada nas melhores práticas nacionais e internacionais de educação, a metodologia tem o objetivo de preparar jovens para o mundo do trabalho com excelência acadêmica. Essa é a segunda escola nesses moldes inaugurada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), a primeira funciona desde 2014 em Pelotas. A obra durou cerca de 1 ano e quatro meses, com investimentos de R$ 10 milhões. “Em meio às crises econômica e política do País, inaugurar uma escola significa muito mais do que um novo investimento do setor industrial do Rio Grande do Sul. Representa a convicção dos empreendedores de que podemos encaminhar o Brasil e o nosso Estado para o futuro que a sociedade almeja e merece. É, também, uma mensagem de otimismo, no sentido de que devemos olhar para frente. Mesmo diante de dificuldades inusitadas e graves, as indústrias não podem parar”, declarou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na cerimônia de inauguração.
Ele também ressaltou que “o Sistema FIERGS interpreta essa realidade dando continuidade aos projetos prioritários para o setor industrial: a implantação dos Institutos de Tecnologia e de Inovação no Senai e os estabelecimentos de ensino modernos, como este que nos traz a Sapucaia do Sul, no Sesi”. Já o governador do RS, José Ivo Sartori, ressaltou que “se o projeto-piloto em Pelotas já deu certo, agora, a escola de Sapucaia tem o desafio de seguir sendo um exemplo de inspiração para a educação no Rio Grande do Sul. O Estado sozinho não tem capacidade de investimento, por isso, acreditamos em parcerias como essa. Estamos abertos para trabalhar conjuntamente”. O terreno onde foi construída a escola foi cedido ao Sesi-RS pelo governo do Estado.
Didática – Diferente de modelos tradicionais, no qual o professor explica e o estudante ouve, a ideia é estimular o protagonismo dos jovens ao incentivar os questionamentos. Para isso, as turmas são formadas por, no máximo, 25 alunos, com aulas realizadas em salas-ambiente específicas para cada área da aprendizagem: linguagens, matemática e ciências humanas, laboratórios de ciências da natureza e infraestrutura para teatro e música, com mesas que proporcionam a composição de grupos incentivando a colaboração entre colegas. O currículo também inclui robótica, empreendedorismo, educação financeira e oficinas para o mundo do trabalho, essa em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). Com turno estendido, são aproximadamente 5 mil horas-base de estudo no total dos três anos de Ensino Médio – o dobro do índice mínimo determinado pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC). A carga horária semanal dos professores é de 30 horas. No primeiro ano, serão cem alunos, divididos em quatro turmas. “A intenção é que, ao final do Ensino Médio, o aluno tenha desenvolvido competências de leitura, escrita e resolução de problemas, dominando não só saberes necessários para a excelência acadêmica, mas também para a sua plena inserção no mundo do trabalho”, destaca o diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo.
Em Pelotas, o projeto já foi reconhecido pelo MEC como uma das 177 instituições de todo o País exemplo de inovação e criatividade na educação básica. A escola disponibiliza um tablet e um notebook por estudante, além de recursos audiovisuais e didáticos. Outro destaque é o tipo de avaliação, que estimula um crescimento constante, ao desafiar o jovem frequentemente, sem levar em consideração o nível de desempenho. Os estudantes da escola já têm no currículo premiações em mostras externas e torneios de robóticas. No segundo ano, por meio de parceria com o Senai-RS, são promovidos cursos de qualificação profissional, ou seja, o aluno sai com o diploma do Ensino Médio e com uma profissão. Também estão sendo construídas escolas do Sesi em Montenegro e Gravataí.
FONTE: http://www.sesirs.org.br/